quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Preto e Branco


"As vezes nós nos negamos a cumprir os mesmos planos

que pensamos planejar, seguimos por um caminho, mas nunca vamos sozinhos

por medo de caminhar, os sonhos que nós sonhamos

nós nunca realizamos, pois só fazemos sonhar, acorda que o tempo voa

deixa essa vidinha boa, se levanta e vai lutar".


Por: Junior Baladeira (Ouricuri, PE)



Recebi um folheto com essa poesia. Realmente se sempre assumirmos o papel de coitadinhos e esquecidos do mundo, nada em nossa vida irá mudar. O negócio é ter atitude e coragem para ir em busca do que se quer e não esperar que caía do céu. Não devemos nos acostumar com o que nos faz infelizes. Como dizia o poeta Fernando Pessoa, a travessia tem que ser feita, mesmo que seja sozinha.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A primavera chegou!!



Lá vem ela

Pelas praças e jardins

Sorridente e bela

A primavera
Com as chuvas criadeiras

Resplandecendo nos canteiros

Alegrando as brincadeiras

Florescendo nos outeiros
Sua brisa já posso sentir

O aroma que trás lembrança

Perfume que envolve a alma

No colorido que da esperança
Estação que alegra os olhosEstação que embeleza a terra

Estação que acalanta e revelaE inspira a escrita dos poetas
É tempo de ver as “borboletas”

É tempo de ouvir passarinhosÉ tempo de luz que revela

A beleza da Primavera
Fonte: Cláudia Liz

domingo, 13 de setembro de 2009

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Por: Vinicius de Moraes

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sobrevivemos a agosto de 2009.

Parecia um mês interminável. O próprio mês traz consigo uma pesada carga de presságios e não é dos tempos modernos que agosto é temido e referido como azarado. Um pouco de história faz bem. Os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao imperador Augusto, quando estavam acontecendo os mais importantes fatos de sua vida, destacando-se, dentre os principais, a conquista do Egito e sua elevação à dignidade de cônsul. É fato que mesmo os romanos não gostavam do mês de agosto por acreditarem que um dragão enorme, e cuspindo fogo pelas narinas, passeava no céu durante todo o mês de agosto, dragão este que não passava da constelação de Leão nos céus do hemisfério norte.

Excetuando o lugar comum do trocadilho agosto/desgosto é recorrente situar eventos de sofrida memória associados ao transcurso deste mês. As duas grandes guerras mundiais tiveram início em agosto. A primeira guerra foi iniciada em 1º de agosto de 1914 e trucidou milhares de vidas. Mas não tantas para fazer refluir o ânimo belicista. Nos últimos dias de agosto de 1939 teve início a Segunda Guerra Mundial com a mobilização de mais de 100 milhões de militares e, ainda hoje, é de longe o conflito que causou mais vítimas em toda a história da Humanidade, com mais de 70 milhões de mortes.

Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram destruídas pelo impacto das primeiras bombas atômicas que deixaram um saldo de nada menos de 200 mil vítimas. No dia 13 de agosto de 1961 foi iniciada a construção de um muro, em Berlim, depois mais conhecido como o Muro da Vergonha, dividindo a pátria de Goethe, Beethoven e Heine em duas metades. Somente em 9 de novembro de 1989 essa brutal cicatriz foi extirpada da topografia européia.

Memória do desatino

Agosto é mês emblemático na política brasileira. Vou mencionar quatro eventos apenas. Como resultado de uma crise política que assolou o país, o então presidente da República Getúlio Vargas suicidou-se, às 8h30m do dia 24 de agosto de 1954, no Rio de Janeiro, renunciando, assim, não somente à presidência da República como também à vida. Sete anos depois, no dia 25 de agosto de 1961 forças estranhas fizeram com que o presidente Jânio Quadros renunciasse à presidência da República. A partir daí foi gestado o ovo da serpente, o arbítrio substituindo o estado de direito pelos seguintes 20 anos de feroz ditadura militar.

Em 10 de agosto de 1974, Frei Tito de Alencar, cearense, 28 anos, comete suicídio em Arbresèle, França. Não suporta a carga do banimento e as seqüelas das torturas ministradas pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, na Oban, São Paulo, 1969. Em 22 de agosto de 1976, morre em desastre automobilístico Juscelino Kubitscheck – que tornou realidade um sonho desde os tempos do Império, de centralizar a capital da República. Até hoje um acidente mal explicado na ausência de seus "mínimos detalhes".

Os tempos mudaram e, ao que tudo indica a grandiosidade dos eventos do mês de agosto, também. Neste agosto de 2009 a política, não em sua forma mais elevada de ordenamento da vida em sociedade, mas antes aquela paroquial e rasteira, correu solta no Senado Federal.

A mídia acompanhou.

Washington Araújo - Observatório da Imprensa