sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Paisagem na Janela

Essa é Tiradentes(MG)


“Paisagem na Janela”: Sempre me emociono quando ouço e penso na letra desta música. Ela remete a um local que não conheço, mas ao mesmo muito familiar. O interior de Minas Gerais, com suas cidades históricas e patrimônio cultural riquíssimo. Pesquisando sobre a música descobri que ela é uma composição do Lô Borges e do Fernando Brant. Eles estavam em um quarto de hotel em Diamantina, quando os integrantes do Clube da Esquina foram chamados para fazer uma reportagem para a revista "O Cruzeiro", durante o processo de composição do álbum. A vista para a Serra do Espinhaço influenciou Brant a escrever uma das letras mais bonitas do álbum.

O disco Cube da Esquina (1972) revolucionou a música brasileira, sendo considerado como um dos mais importantes da MPB. Além de ser o primeiro disco duplo da música brasileira, a obra trouxe uma série de inovações harmônicas e rítmicas até então nunca ouvidas, misturando rock, jazz, erudito e música brasileira de raiz. Uma mistura sonora que, até hoje, é o que melhor representa o espírito de Minas Gerais. O Clube da Esquina surgiu da grande amizade entre Milton Nascimento e os irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô), na Belo Horizonte dos anos 1960. (Com informações do Blog: http://passadicovirtual.blogspot.com/2009/02/da-janela-lateral-do-quarto-de-dormir.html)


Paisagem da Janela
Composição:
Lô Borges e Fernando Brant

Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal

Mensageiro natural de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou
Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar

E eu apenas era
Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores

Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios

Conheci os homens e os seus velórios
Quando olhava da janela lateral
Do quarto de dormir
Você não quer acreditar
Mas isso tão normal
Você não quer acreditar
Mas isso tão normal

Um cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Você não quer acreditar

Essa é uma homeangem à minha amiga Lívia Gaertner que já visitou as cidades históricas e contou maravilhas de Minas Gerais. Ela também adora essa música. Livinha conta que quando estava em Ouro Preto foi para a janela e começou a cantarolar esta singela canção.

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